terça-feira, 3 de dezembro de 2013

O papagaio voou até ao céu, e bateu contra o telhado. Por momentos, o céu desapareceu, e foi substituído por um teto metálico. Após alguns segundos, a imagem do céu voltou. O papagaio, esse caiu ao solo e partiu o pescoço.
Trombote olhou para o cadáver pequeno do pássaro. Ele olhou para o céu e ficou a fitar durante alguns segundos.
- Isto não trabalha tão bem como pensas - disse ao robô que estava do seu lado.
- Como? - perguntou o robô - Então o pássaro não chocou contra o teto, pensando que era o céu? Resulta!
O jovem Trombote olhou de soslaio para o robô, que era parecido com uma vespa gigante.
- Vi isso. Também vi o que aconteceu logo a seguir. O céu desapareceu. Isso assim não serve. Como espera criar um ambiente artificial no espaço, se qualquer safanão dá cabo da ilusão? As pessoas vão ficar maluquinhas, e se uma delas pegar num machado e rachar cabeças, a culpa é sua.
O robô abanou a cabeça e disse:
- Tens pouca fé na humanidade
O jovem grunhiu.
- Sou um ser humano. Sei do que falo. Eu seria o tipo com o machado.
- Felizmente nem toda a gente é como tu.
A conversa foi subitamente interrompida. A porta abriu, e o estranho senhor chamado Robalo entrou. Ele olhou para o Trombote, e depois olhou para o robô.
- Está tudo de acordo com o plano Chumbalão, meu servo?
- Sim senhor - disse o robô 
Os olhos do Trombote rebolaram.

Sem comentários:

Enviar um comentário